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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010




- Não há nada que eu não consiga fazer.
Pensava a menina sempre que acordava. Saía da sua cama muito larga e pousava os pequenos pés descalços em cima do cimento do poço. Os pais da menina viviam numa casa um pouco distante, mas estavam sempre junto dela tanto ao deitar como ao nascer do dia. A sua mãe vestia-a, puxava-lhe os collans de lã bem acima do umbigo e muitas vezes, fazia-a balouçar pelo cós das meias, dando saltos gigantescos em cima do colchão da cama. Depois, preparava-lhe sempre o pequeno-almoço antes de ela ir para a escola e acompanhava-a até à saída do pátio onde viviam. Ficava a acenar-lhe até desaparecer na estrada. Até ela desaparecer na estrada.