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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

checa


assisti recentemente ao Baile dos Bombeiros de Milos Forman. da checa, só conhecia o Kundera que me facultou um fascínio por Praga, pois desde que o li aos dezasseis anos na Insustentável Leveza do Ser, fiquei cheia de vontade de voar para lá. há qualquer coisa de tuga naquela gente, uma rudeza na pele, no tom grave da voz e ao mesmo tempo uma cumplicidade constante entre as multidões, uma relação bruta, física, como se vivessemos permanentemente nas festas dos santos populares. encontrões e gritaria, assinalam a nossa felicidade, sobretudo se associados ao álcool e ao apalpão. não é necessariamente uma coisa sexual, é apenas uma espécie de masculino-que-gosta-de-apalpar-e-fugir versus feminino-que-grita-e-ri-deliciado. da checa pouco conheço, mas neste baile do forman(uma das obras-primas da nouvelle vague, nomeada para um óscar) pude ver como o fogo real se manifesta nas pessoas dos países mais frios e como esse incêndio emocional é comum a qualquer ser humano, em qualquer ponto terrestre. e como a sátira social se manifesta de forma mordaz nos países do 3º mundo da europa, mascarada de concurso de beleza.

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