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domingo, 24 de janeiro de 2010

french kiss


nunca percebi o paradoxo da tradução inglesa: beijo francês. se os próprios franceses não dizem bisou français, nem o têm como pantente registada, porque razão os americanos rotulam de francesa, uma coisa tão orgânica como beijar com a língua? e o paradoxo está precisamente em dizê-lo na língua inglesa.
como é então o american kiss? ou o brasilian kiss? e será que o swedish kiss é apelidado de ikea kiss com sabor a almôndegas? em português, o linguado é um termo pescatório, por causa da proximidade ao mar ou apenas pela quantidade de portugueses que não tem a saúde dentária em dia? a verdade, é que os dentes pobres cheiram a peixe estragado, podre, já para não falar na analogia do bacalhau, pois é evidente a ligação a sexos mal lavados. Enfim, somos de facto um povo, virado para as coisas do mar.
curiosamente, o rapaz a quem dei o primeiro linguado (aos seis anos de idade), chamava-se sardinha (não porque cheirasse a peixe, só porque era estúpido que nem um carapau). E lembro-me perfeitamente de lhe ter dito que fosse lavar os dentes, porque me meteu um bocado de nojo a saliva alheia.

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